sábado, 18 de fevereiro de 2012

Frenesi... Colibri... Lady Dri...



Mesmo sem nunca ter encontrado o equilíbrio da linha mórbida do romantismo de Jards Macalé, se jogou no mundo acreditando não ser preciso aprender a nadar.

Qdo adolescente sua mãe tinha o hábito de ouvir Elis. O q a fez concluir q, para não atravessar o samba na vida, bastava apreender o modo certo de jogar.

Sem delongas, sem fazer planos, se jogou no cosmo e com tímida delicadeza tocou os polos. Mto mais por precaução q por ironia enrolou sua bandeira de rebeldia e dedilhou a vida de um modo q não revelasse tanto o seu lado mais exótico.

Dessa maneira planou fluida e renitente sob os sóis de seus escaldantes trópicos. Por longos anos sentiu ser bela a atmosfera. Ao penetrar na zona franca, mas ainda turva, de sua estratosfera delirou em rígidos regozijos, repleta de prazer, refeita de gozos.

Um dia se viu sem saber o q fazer e sem ter aonde ir. Foi qdo percebeu diante de seus olhos imensos oceanos q ilhavam seus desejos. Nesse dia pela primeira vez sentiu em seu corpo respingos do medo.

Tanto tempo se passara e alma kamikase da boneca semiótica continuava jogada na cama de pernas abertas, mas sem abrir os olhos.

Hoje pela manhã, ao ouvir de longe o som de um solitário tamborim, não se conteve e chorou. Parecia reconhecer q não valera de nada virar tantas páginas de sua história. A batida do samba continuava a mesma.

Por trás dos montes a beleza se esvaia refletida na melancólica de um sol q ia embora. Sem luar a noite se enfeitou de luzes artificiais.






Recomenda-se ouvir Jards Macalé em qq ocasião da vida...