quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Suprir or not déjà-vu…



Apesar de viver ao sabor do açaí, do sapoti e do kiwi o manco desacatou o abacaxi ao confundir sári com sarongue.

Seguro do tranco e dos arroubos do grilo galante subiu no tamanco disposto a ouvir a estonteante gazela lavar roupa suja debruçada no tanque.

Nada de araque. Nada a ser retocado. Nenhum desagravo. Tudo aceito de bom grado.

Extasiado pela visão inebriante achou a vida desgraçadamente bela. Até sonhou inserido nela.

Pelo menos até ouvir uma voz oriunda da janela encoberta pela telha de amianto lhe sugerir: - vê se te manca, e se manda! Ou quer ouvir em qual tom a mula canta?

Então se fez silêncio e um rapidíssimo murmúrio de goto engolido a seco.

Na ausência do carango o manco pôs a mão na capanga e sumiu deste pequeno flash da história ciente de q vida bela só era de quem pudesse usufrui-la...






Assim q pôde respirou fundo e comprou um tubo de polvilho e meio quilo de sequilho no quiosque do mercado. O polvilho usou para massagear os pés. Metade do sequilho comeu. A outra metade guardou na lembrança da bela vida.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Receita imperial...



Descer redondo q nada!
Além do charme evidente,
um Chandon sobe mais fácil.

Rarefeitos, sob raro efeito,
dados no devido arrastar de pés,
é só moët mademoiselle

Sempre a favor da maré...






Note-se e anote-se!

Desde Bonaparte e Mme Pompadour o Champagne M&C Néctar é símbolo elegância e harmonia imperial. Além de sofisticação e lastro traz sensualidade ao olhar. Alimenta o instinto de nobreza, qdo absorvido com a ponta da língua.

Montagem sobre a obra "the female nude in front of green hanging", do pintor francês Andre Derain


Dados M&CNéctar:Wikipedia

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Claustrofobia...




Na clausura da armadura o corpo reteso retinha sonhos de liberdade com o pensamento ateu.

Vontade incerta grudada ao peito. Desejo preso ao q nunca vinha.

Caberia ao ímpeto desmontar, ali, a engrenagem de fórum intimo com suaves deslizes sensíveis ao toque de suas mãos.

Na clausura inquieta da armadura haveria de enxergar sinais de liberdade nos pequenos movimentos. Na penumbra da armadura a realidade era refeita com  levíssima pressão. Com perfume vigoroso da percepção.

Daquela vez, pela primeira vez, não se puniu. Nem interferiu ao sentir o rastejar sutil da cobra sob seu impaciente véu. Desconfiada a mãe gentil se viu resoluta. No barro moldou a puta e se autopariu.

De qual natureza eram feitas suas carnes?

Pelas brechas da armadura buscou saciar a fome devastadora de seu deus com a sede de seus sonhos.

Por mais q tdo aquilo parecesse confuso sentia a vida. E q ela poderia ter todos os tamanhos, e, ainda assim caber em seus sonhos.

Até mesmo nos mais estranhos...



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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Voto sem legenda...


Depois do terceiro amor terceirizou o quarto...



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