quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Diamantes são etéreos...



Quando amanheceu,
por medo ou ironia,
cobriu-se de poesia
para não se revelar... 


domingo, 9 de setembro de 2012

Sete de copas nas liras de um setembro...



Abro a camisa. De peito aberto contemplo a imensidão do precipício posto aos meus pés. Aos berros meu corpo urra na agonia de seus versos.

Sem salvo conduto e sem provocar abalos cínicos, a bala baila perdida de prazer, atingindo de forma contundente e avassaladora o objeto do desejo contido e sem endereço.

A pele suicida saliva a verdade em silencio. A felicidade, de forma lasciva, lambe a poesia oferecida em sacrifício e, sem prévio aviso, gruda um alvo explícito no meu peito. As promessas de vida? Ah! Estas se debatem no leito e partem em direção dos sedutores seios da morte.

Diante do portal meus olhos velejam o enfeitiçado colo da menina. No regalo de minh’alma, o brilho de suas retinas festejam, com calma ilibada, o toque de meus dedos em sua bunda.

No trepar dos sentidos, o diálogo incompreensível de um verbo indefinido, íntimo e pessoal.

Sem medo toco a outra banda da terra. A lira delira e enche a praça com o cheiro de seus blues, num prenúncio de q a independência é a mais pura declaração de morte.

No bolso da camisa um sete de copas. Na manga, uma esperança reluta, mas se entrega, mesmo sem saber para onde me levam os seus pontos cardeais...