segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Enigma de odara...

Escavo na escuridão.
Diluo minha cegueira no lúdico.
Oculto do mundo
Esmurro impiedosamente o muro
em ruínas q ainda me antepara.

Em silêncio recolho soluços com as mãos.

Com a emoção entre frestas insisto
no pulsar mirabolante de meus sonhos Cervantes,
no fogo cruzado de flechas cuspidas
por amores reféns das ilusões.

Já não brigo nem me iludo.
Por dentro abrigo. Por dentro aludo.

Danço odara e o tema de Lara
na gravidade do meu umbigo,
resquício uno, essência do tudo
que me ligava ao enigma do nada...

sábado, 26 de novembro de 2016

Tocando na toca...

Pedindo um trocado o cego tocava cavaco.

De olho trocado o mudo olhava abismado
o tanto de mundo virado.

No olho do furacão ninguém é capaz
de dar abraços ou estender as mãos.
Repetia o gago depois do caldo tomado.

Por precaução o zarolho repôs a barba de molho
na hora de catar piolho no sovaco da cobra.

Mesmo na desova um ovo nunca é uma ova...

domingo, 20 de novembro de 2016

astigmatismo...

De nada adianta vir com vida programada
o dia-a-dia é q debulha cada fiapo dessa meada.

Cada revoada pede seu pé de vento

Quando a contento, no consenso do bom senso,
cada visão tem sua hipermetropia adequada.

Em tempo:
Todo mto obrigado nem sempre é de nada...