quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Catherine voilà... La belle Beauvoir...



Castiga-me de uma forma definitiva para q me sinta cativa. Repetia sem pudor, dia após dia, a altiva donzela nos finais de tarde.

Olhando longe se desnudava na poesia, suplicando ao sol o calor capaz de enlouquecer o bruto amor q inundava o corpo e lhe jogava, à mercê de si mesma, na distante paisagem.

Um dia - e só ela só sabia o qto esperava - cansados de tanto fazer doer, os medos dariam ouvidos à sede aguda q secava suas carnes.

O corpo em febre devorava o verme grudado nos verbos. Vontades q fluíam ardentes, em árias exaustivamente repetidas, e corroíam renitentes, íntimas e diárias. Insuportavelmente necessárias.

No seu espelho duas mulheres seminuas. Um olhar insaciável e dividido. Um mastigar sabores q deixava suas cores intrigantemente incompreensíveis. Sem pensar em estéticas deixava seu mundo as avessas, apenas para perceber o tanto q tbém era cinza.

Assim, na curvatura dos dias intercalava com desenvoltura suas partituras. Cada vez mais visível, com uma grandeza imprevisível, em seus lençóis os desejos descobriam a simplicidade capaz de preencher tantos vazios.







Em sua carreira como atriz Catherine Deneuve compôs uma imagem de símbolo sexual frio e inacessível. Seu personagem mais emblemático foi no filme “Belle de jour“, de Luis Buñuel.

Em uma cena do filme ela passeia com seu marido, qdo este a ordena q desça e pede aos cocheiros q a chicoteiem. Naquele momento, em um gozo incontrolável, ela experimenta o submundo de suas fantasias, misturando submissão, violação e um poder sádico q sabia possuir sobre os homens, ali representado pelo seu marido.

Simone de Beauvoir foi uma escritora e filósofa francesa. Ao se unir intelectualmente a Sartre vivenciou uma relação polêmica e fecunda, onde puderam exercer suas liberdades individuais em uma vida em conjunto.