domingo, 31 de julho de 2011
Agosto...
Agosto dos ventos
Do tempo q me arrasta
Do frio d’alma às águas
Aquecidas no calor
De um mar de dentro
Agosto depois de um julho
Onde mergulho no escuro
E silencioso ventre
Agosto q sopra a vela
Descortina acesa retina
À espera do q me espera
Ao despertar no colo
De mais uma primavera
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Religiosamente...
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Anastácias...
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Ráfagas en Venâncio Aires...
Ahí va... Sin saber q me arrastra en las curvas y movimiento de su vestido. Sin saber q me lleva entretenido en el ir y venir de su cuerpo desinhibido.
Ahí va… Extendiendo sus huellas en tonos caqui. Vertiendo su brillo en combinaciones infinitas. Revelando mil y una imaginaciones.
Y fue… Devorando corazones colorados e inmortales, como un torbellino.
Se fue sin decir nada. Asi nada sé a su respecto. Solo sé de su perfume. Solo sé que mañana vengo aquí volver a verla, para q me arrastre otra vez...
Ahí va… Extendiendo sus huellas en tonos caqui. Vertiendo su brillo en combinaciones infinitas. Revelando mil y una imaginaciones.
Y fue… Devorando corazones colorados e inmortales, como un torbellino.
Se fue sin decir nada. Asi nada sé a su respecto. Solo sé de su perfume. Solo sé que mañana vengo aquí volver a verla, para q me arrastre otra vez...
Acordando sozinho...
"Esse silencioso senso de contentamento q todo mundo tem, simplesmente desaparece qdo o sol se põe."
Invadiu minha vida no instante em q sonhava com demônios. Assassinou o anjo e sorriu ao se despir no meio do quarto sem véu e nem grinaldas. O apocalipse se anunciou sem dar tempo de contar mentiras surradas e já desmanchadas em outros lençóis.
Não perdeu seu tempo com sermões. Veio sem lavar a roupa. Veio sem estirpes. Fez um strip tease e, sem desfazer arestas, festas com meu tesão.
I can't work like this. I fuck with you next to me.
Minha Amy não venha com armas. Amy me ame. O tanto q vc não presta é o qto ainda quero te matar.
Necessária interferência de “Wake up alone” - Amy Winehouse / Paul O'Duffy
sábado, 23 de julho de 2011
Guernica...
Qdo toulouse Lautrec escutou um bé pensou ser de uma cabrita. No samba de breque Maria de Rita tirava a última fita do seu vestido vermelho. Do lado de lá, ao encostar o nariz no perfume de Dominique, Gardel rebolou e quase teve um chilique.
Degustando a margarita cheia de vida e com cheiro de bossa, Doralice logo disse: não é nada disso seu Zé Mané! É Isadora fornicando no quarto com Picasso. Hoje é dia de pinote! Essa gosta de levar choque!
- Quem sabe agora o gajo baixe o facho e acabe com tanta futrica. Está na hora dele arranjar um jeito de terminar de pintar guernica. Completou Carolina, afamada cafetina, q suspirando foi na cozinha comer umas bandas de mamão-papaia.
Caribé fez q não viu e não saiu da rede. Tbém pudera, com tanta sede, não tirava os olhos dos colos e rabos sem saia. Qdo tdo parecia q ia descambar em uma imensa saramandaia, surge dentinho vestindo pulôver rebocando a samambaia.
Foi aquele espanto na sala!
Não foi maior pq um aleijadinho q passava na rua, fazendo astúcia com sua garrafa de bodocó, aconselhou a menina a deixar de sonhar com Tarzan e descansar a ingrata, largando de vez o cipó.
Por um instante tdo se fez mudo, como se protegido pelo escudo de jeda, em star war. Sem dizer nada wengel continuou em sua mesa a inventar palavras desconhecidas no morro do alemão.
Então se deu a grande explosão.
No entanto, logo depois de um silencio assustador, ninguém se segurou ao ver Picasso se arrastar lá no alto. A mão esquerda tremia no corrimão. A direita, solene, segurava a cuia do chimarrão.
- Santos, não agüento mais tanto bis. Essa guria parece q foi parida em ninho de concriz. Olha o relógio! Cadê o chapéu? Acho q chegou a hora de inventar o avião...
Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso retratando o bombardeio sofrido pela cidade espanhola, em 1937, por aviões alemães.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Certamente...
Paixão. Razão manifesta. Objeto dilexo. Emoção com qual se lança a mão no inexplicável prazer do éter. Êxtase do ser diverso. Viver verbo incerto. Desconexos reflexos. Agentes perpétuos. Amantes perdidos do amor, q se buscam e rebuscam errantes, em lençóis macios, e se acertam....
*Verbo composto nas asas de uma borboleta
*Verbo composto nas asas de uma borboleta
Odisséia...
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Sinal de vida...
Uma das vantagens de não usar celular, é a certeza de nunca encontrar a vida fora de área...
Ao deus q dará...
Todas as noites as palavras se cruzavam no balcão pouco iluminado, repleto de copos vazios e vidas secas por beber a sede de seus tesões. Elas e Eles. Ele e ela, qdo podiam, tbém se encontravam lá.
Não queriam identidades. Só queriam ser guiados por uma verdade q latia dentro de cada um deles. Cada um a mastigar seus segredos. Cada um a se deixar embriagar por um desejo q os fazia experimentar de um prazer sem tamanho.
Ali não se sentiam estranhos. Ali não se cobravam e nem lamentavam a ausência de respostas. Esse era o acordo. Essa era a proposta. Eram por si só a resposta para o q queriam viver e sentir.
Todos os dias ela se curvava a espera do merecido castigo. Todos os dias ela lambia os frutos de um rito q a fazia feliz e rasteira no assoalho. Todos os dias ela sentia a mão bater pesada em seu rosto. Em silêncio saboreava o gosto de ser desejada. Todos os dias ela lambia os pés de quem a maltratava, mas protegia su’alma, como um agasalho, do frio e da indiferença em q consistia o seu viver.
Todos os dias eles se intrometiam e metiam com o q tinham. Nem sempre valiam um vintém, mas, todos os dias se amavam. Todos os dias se esganavam e se enganam com promessas de nunca mais se encontrar.
No dia seguinte esqueciam de tdo e, qdo anoitecia, recomeçavam outra vez.
Ele trapezista. Ela é dançarina. Já não se sentia uma menina, mas sabia q seu corpo se moldava de uma forma cega aos desejos e comando de quem retirava, uma a uma, suas vestes de atriz.
Em sonhos implorava por mais um dia e mais outros dias de consagradas ousadias. Fosse quem fosse se vestiria com os adornos apropriados e se cobriria com sua pele mais perfumada de cadela vadia. Serviria em tdo o q Ele quisesse. Seria o q Deus quiser.
Somente assim, qdo lá fora o dia amanhecia e todos corriam apressados atrás de suas rotinas, ela, enfim, conseguia dormir em paz.
Não queriam identidades. Só queriam ser guiados por uma verdade q latia dentro de cada um deles. Cada um a mastigar seus segredos. Cada um a se deixar embriagar por um desejo q os fazia experimentar de um prazer sem tamanho.
Ali não se sentiam estranhos. Ali não se cobravam e nem lamentavam a ausência de respostas. Esse era o acordo. Essa era a proposta. Eram por si só a resposta para o q queriam viver e sentir.
Todos os dias ela se curvava a espera do merecido castigo. Todos os dias ela lambia os frutos de um rito q a fazia feliz e rasteira no assoalho. Todos os dias ela sentia a mão bater pesada em seu rosto. Em silêncio saboreava o gosto de ser desejada. Todos os dias ela lambia os pés de quem a maltratava, mas protegia su’alma, como um agasalho, do frio e da indiferença em q consistia o seu viver.
Todos os dias eles se intrometiam e metiam com o q tinham. Nem sempre valiam um vintém, mas, todos os dias se amavam. Todos os dias se esganavam e se enganam com promessas de nunca mais se encontrar.
No dia seguinte esqueciam de tdo e, qdo anoitecia, recomeçavam outra vez.
Ele trapezista. Ela é dançarina. Já não se sentia uma menina, mas sabia q seu corpo se moldava de uma forma cega aos desejos e comando de quem retirava, uma a uma, suas vestes de atriz.
Em sonhos implorava por mais um dia e mais outros dias de consagradas ousadias. Fosse quem fosse se vestiria com os adornos apropriados e se cobriria com sua pele mais perfumada de cadela vadia. Serviria em tdo o q Ele quisesse. Seria o q Deus quiser.
Somente assim, qdo lá fora o dia amanhecia e todos corriam apressados atrás de suas rotinas, ela, enfim, conseguia dormir em paz.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Bachianas...
Ninguém sabia. Nem Villa-Lobos, q não era bobo, por mais bachianas q compusesse, jamais imaginaria. Mas todos os dias ela acordava com um pássaro cantando alvoradas em seu corpo.
Com os olhos ainda apertados abria um sorriso cúmplice do tesão q sentia. Logo os fechava, ao se estender em asas, abrindo os flancos com suas coxas derramadas e oferecidas.
Em meio às palavras, q não se encontravam em nenhum dicionário, eles escreviam versos com caligrafias emaranhadas e vadias.
Debaixo das cobertas o universo iluminava. Ele, pássaro, a bater asas. Ela, passarada, a largar su'alma na imaginária grama.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Tangos, tammys e sementes...
Sem nada a dizer escrevo sobre o implícito. Tdo parece pequeno diante do afeto q se aninha em teu corpo em forma de feto. No silencio das palavras descubro, a cada gesto, um mundo gestante de ti.
Na pequenina flor a carne pulsa salgada de óbvios. No doce sabor de aracajus, maracatus dançam risonhos. No perfume q beiram os lagos embalam as lagoas vistas das redes estendidas nas varandas.
No alto do mar o luar navegante se faz crescente em sol poente. Sem nada para fazer tento descrever cada pensamento q pisa a terra grávida de vida. Dentro de mim um mar aberto e um céu coberto com o mesmo véu q envolve o sentido da semente.
Égides e Egitos...
Do muro de Berlim ao Egito dos nossos conflitos. Universais e intuitivos. Depois da Perestróica e da Rosa q nasceu nas cinzas de Hiroshima. Desde q o asfalto subiu o morro e a filosofia balançou entre a crença poética e a desavença profética. A ampulheta revirou as gavetas e esvaziou o poder destrutivo de um romantismo posto em tabuleiro de quermesse.
Dito e feito sem a elegância estética de um falso pudor pós-ético, o amor, intrépido e infalível, vive e se frutifica no rebuliço. No grito solto sem nexo. Nos sentidos perplexos. Na mistura q cura e no prazer q perdura dentro de cada um.
A fonte dos desejos afoga qq conto de fada e história de amor.
Na batida da onda perfeita se nada além das ilusões. Entre achados e perdidos, nada se tem a perder, salvo quem souber q o amar é um estado sem fronteiras. E nem adianta fazer cara feia. Desde q a gravidade resolveu girar o mundo o rio se fez volátil, tão somente para ir de encontro dos cânticos q lhe faz gigante, ao se entregar nos braços do mar.
Amar q se explica, complica. Cedo ou tarde se trumbica.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Jimi Hendrix...
Rendo-me aos encantos da serpente a rastejar em curvas sua pele e agonia. No alpendre Jimi Hendrix despe e despeja meu sentimento na “pequena sininho”. Mato a mulher e saio de braços dados com a vadia q se faz macia no tronco da árvore. Descasco. Devasso me devasto na primeira pessoa desse verbo q se faz carne dentro de ti.
“Pegue tdo o q puder de mim”
”Take anything you want from me”
“Pegue tdo o q puder de mim”
”Take anything you want from me”
Little wing / Jimi Hendrix
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Bandida...
quarta-feira, 6 de julho de 2011
codinomes...*
Na cor dos olhos
o corpo se tinge
A flor abre caminhos
Ao florescer sobre a pele
sobrepõem espíritos
Desejos encarnados
em sádicos espinhos...
No altar o corpo
se entrega ao sacrifício
No silêncio retira o brilho
O grito já não diz
Ser bem ou mal
O tanto de prazer
que o querer traz...
*...
o corpo se tinge
A flor abre caminhos
Ao florescer sobre a pele
sobrepõem espíritos
Desejos encarnados
em sádicos espinhos...
No altar o corpo
se entrega ao sacrifício
No silêncio retira o brilho
O grito já não diz
Ser bem ou mal
O tanto de prazer
que o querer traz...
*...
terça-feira, 5 de julho de 2011
Contramão do vento...
Tempo é um vento
Em movimento
Insano e sem direção
Há os q seguem o momento
Sem reagir ao tempo
Os q se entregam
Os q se negam a contemplar
O real espaço de sua
Não dimensão
Mtas vezes, sem sentido
Somos o tempo abduzido
Levados pelo vento
Aparente em tempo perdido
Guardado no pensamento
Busca a todo o momento
A razão de uma emoção
Que tanto se esperou
Sem nunca ter vivido
Viver é impreciso
É tempo q não se pega
É vento q leva
O q não teve tempo
De ser medido
No dividido tempo devido
No templo em q se reza
Sonhos q o vento não leva
O tanto de amor perdido
Em movimento
Insano e sem direção
Há os q seguem o momento
Sem reagir ao tempo
Os q se entregam
Os q se negam a contemplar
O real espaço de sua
Não dimensão
Mtas vezes, sem sentido
Somos o tempo abduzido
Levados pelo vento
Aparente em tempo perdido
Guardado no pensamento
Busca a todo o momento
A razão de uma emoção
Que tanto se esperou
Sem nunca ter vivido
Viver é impreciso
É tempo q não se pega
É vento q leva
O q não teve tempo
De ser medido
No dividido tempo devido
No templo em q se reza
Sonhos q o vento não leva
O tanto de amor perdido
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Entretanto...
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Caxangá... Cabriolet Sabá...
Vira e desvira. Revira na ponta cabeça a órbita do farol. Na senzala faraó adestra a escrava. Na ante-sala, com a pele riscada, a rainha arisca segue a risca e goza descarrilada no trem onde lava a alma e seu reino de Sabá.
Vira e revira a guisa do q virá. Trem azul virando latas, desembrulhando linhas, revelando o amor e a dor. Estrelas kiwis despertando o universo nas fendas da seda q se desmancham na vida q atiça a pele tatuada.
Vira e mexe desce aos céus a procura do inferno. Caxangá. Um modo estranho de saber q virá do modo q irá. Colorindo de um jeito q não se ousa dizer. Ainda assim dirá ao q virá e se fará no q melhor se servir. Penso ser por aí...
“Sempre no coração. Haja o que houver. A fome de morder a carne dessa mulher”
Vira e revira a guisa do q virá. Trem azul virando latas, desembrulhando linhas, revelando o amor e a dor. Estrelas kiwis despertando o universo nas fendas da seda q se desmancham na vida q atiça a pele tatuada.
Vira e mexe desce aos céus a procura do inferno. Caxangá. Um modo estranho de saber q virá do modo q irá. Colorindo de um jeito q não se ousa dizer. Ainda assim dirá ao q virá e se fará no q melhor se servir. Penso ser por aí...
“Sempre no coração. Haja o que houver. A fome de morder a carne dessa mulher”
Montagem em fotograma do filme The Mystery of the Blue Train, romance de Agatha Christie. Ao final uma proposital interferência de Caxangá, música de Milton Nascimento e Fernando Brant
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