sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Uns zuns e outros zunzuns...




Uns são. Outros zanzeiam em vão. Uns sereiam algumas cerejas. Outros clareiam na luz das estrelas. Alguns nunca serão. Nem no outono verão. Uns desejam e sem pressa vicejam. Outros versejam, mas sem rima fraquejam. Alguns abraçam baluartes sem maldades. Enquanto outros se vestem com palavras. Transgridem e até agridem. Divagam tanto q disfarçam. Alguns algozes levantam suas vozes. Outros se queixam de algures e alhures algozes.

Uns insistem. Outros não resistem. Alguns, cedo ou tarde desabam ou desistem. Uns seduzem com a intensidade de suas luzes. Outros se iludem contando virtudes. Alguns esperneiam com justificativas e desculpas alheias. Mergulhados em dúvidas esbravejam.

Uns tateiam cegos e surdos. Outros batem a cabeça no escuro. Alguns trafegam dispersos e sem direção. Mtos acelerados seguem obtusos na contramão. Uns se mostram confusos e sobem em cima do muro. Alguns tantos, entretanto, se largam no meio da estrada. Outros nem percebem a emboscada.

Uns tentam, mas não levantam. Outros conseguem, mas logo cansam. Uns se acabam na cana. Outros nem escondem seu lado sacana. Uns se divertem na cama. Outros arrastam na lama. Alguns se acendem na chama. Outros aquecem, mas logo revelam seu drama.

Quem mto espera, por vezes desespera. Quem vive a procurar nem sempre tem a certeza de achar. Alguns se esborracham. Outros racham. Para uns ela é dura. Para outros se revela da forma mais bela. Uns kinderovos. Outros cinderelam. O certo é q a leveza da vida é insustentável para quem não sabe viver. Bem q dizia Kundera...

Kundera pudesse todo mundo compreender, Milan, quem dera! Ser verão o apogeu, tanto da borboleta qto da cinderela, q debaixo das capas base asas, mas não escapa de suas mazelas. Um dia, quem sabe dona Maria, a humanidade enxergue q há luz no fim do túnel e acabe cansando de tanta hipocrisia. E a ilusão do "super homem" nunca mais precise vestir a farda desconfortável de vigia... Aleluia!!! Ela sorrindo diria...


Ao final, uma bem vinda interferência incidental, nada acidental, da música "super homem" de Gilberto Gil