quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sonhos e valsas... Becos esplêndidos...




Inverno se fazia confuso de nuvens esparsas e tempos rasantes. Contudo os sonhos continuavam de pé como ovos confeitados encaixotados, abrindo o apetite e os olhos acostumados a confetes da madame viciada nas varandas da colombo. Tdo se repete e permanece como dantes no estético inferno de Dante. A estrela continua a brilhar consoante a média temperatura do ar no céu de Abrantes.

A linda baby se ajeita como pode e declara q solta lavas no lençol. No love baby is dog e provoca overdose in baby doll. No mais tdo transcorre sem deixar pistas aos olhos e nem as revistas, de sol a sol.

Qdo anoitece a fauna travestida de flora sai a procura do seu devido anzol. Aos beijos a fulaninha saboreia um pão de queijo beirando a calçada. Na sala discutem-se as questões e desilusões acima de qq razão. Em modelos cavados potrancas escondem as pelancas, dançando fox em trotes, insinuando galopes. Com gargarejos em gargalos e galões dão goles cocoricoques fingindo não me toques. No entanto rebolam na vara safada e escroque, embaladas por ondas q devastam as marcas de orgasmos chicotes.

Na margem direita do rio nem o cristo se salvou. Tdo continua indo e sorrindo conforme o andamento do seu maravilhoso hino. A moçada enfeitiçada continua embalsamada e achando tdo sempre mto lindo. Na esquerda pacificada e desgovernada os filhos e netos da juventude dourada engravatada sobem e descem de forma acelerada as escadas dividem a estrada. Na linha amarela o bloco dos contentes, com seus olhares atentos se protegem dos tornados e soldados q vigiam os acessos a br-3.

Acorda Brasil para escutar, o show do Antonio Carlos está no ar...

Na outra margem da lagoa Alzira cruza a Ipiranga se equilibrando na canoa. Vestida de fada atravessa a rua sentindo a pele molhar na fina garoa. Do alto de suas tamancas passa por cima da lama cheia de banca. Se a zona é franca e a carne é flácida ela segue periguete a mascar seu chiclete. Sonhando com valsas esquece a desgraça chupando pitanga. Só não se entrega e nem perde a esperança. Faz fotos no lual e manda carta pra bial. No fim de tarde requebra no brega. Não nega q adora um esfrega. Desses q o suor escorre na testa e as frestas pulsam e fazem festa.

Deixa q digam... Que pensem... Que falem... O show tem q continuar. Vem para cá! O q é q tem? Afinal, não ela deve nada a ninguém e na bolsa de apostas ainda vale um vintém. Copacabana esgana, mas finge q ainda é bacana. É tdo frágil e doce. Mas, quem realmente se importa? É tdo tão superist, superlativo e relativo, q é bem capaz de q a noite reveja Jorginho, cheio de wiskie, dançando twist no copa, com Alicinha a tiracolo contando lorota.

De tanto subir e descer a rampa, em meio a fumaça o conga suado aquece a milonga. Do outro lado do túnel a zona sul permanece no escuro. Cada qual na sua onda. No duro mulato dos subúrbios, Patrícia se encostada no muro com brilho nos olhos. Sente prazer e o chão estremecer sem saber q bem longe do esgoto, com o mesmo calor e alvoroço sua mãe seduz algum moço. Strangers in the night percorrem sem pressa o quarto de cortinas fechadas e pernas estratégicamente expostas e abertas, despertas a meia luz.