segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Selva ôfuro... iô iô querubim ça va...




Constanza Pascolato demonstra dignidade e autoridade em todas as peças q assina. A febre da moda nunca mudou o ton de seu bom humor, mto menos o bon ton com o qual sua pele clara harmoniza o batom. A tiracolo, Louis Vuitton nunca lhe causou torcicolo. Always leading the avant-garde of fashion. Dona de impressionante leveza. Dotada de indiscutível personalidade. Equilibra, em bons termos, sutilleza e modernidade como ninguém.

Infelizmente Constanza não é regra e nem constância. Espalhadas em meio à selva existem as araras e as arapongas, as metidas e hip hip ongas. Tongas de miçangas de um caburetê, cujo fascínio tem o efeito e olor de um ralo cocô, intrépido e diluído a olhos vistos na superfície do Tietê. Razão pela qual os olhares sempre balançam na mesa dos contrários, tornando os diamantes raros de se encontrar.

É claro q a clara gema se despedaça ao confundir gana com ganância. Em todo fundo de poço existe um filete de esperança. Talvez por isso prefiram deitar-se na grama suburbana, de onde ecoam opacas divindades e bebem de um só gole suas intrínsecas ilusões. Na sexta-feira, qdo nadam sem paixões, costumam instigar os atentos arautos de plantão. Sem perda de tempo saem felizes de seus postos e se misturam aos opostos, lustrando o vício no ócio perseguem a procissão.

No outro lado da terra a relva a revelia cresce ligeira e cerca in vitro a avulsa marciana messiânica. Com um objeto estranho e sem objetivo preso ao vestido, solta o seu grito sem brilho e “malouvido”. Presa ao reluzente apêndice louco de adjetivo torto, a gema repartida do ovo entope a boca torpe, ao proclamar tendências e impropérios. Indefinidos e declaradamente imprecisos.

O lado podado da fruta proibida tem sabor florido. Alheios e hermeticamente fechados em seus valores de juízo, a banda dos despreocupados afrontam o decoro e revelam o oco de um trópico mono troppo e manco. Qdo aludidos mostram-se ressentidos. Encenam patéticos gestos de surpresa. Esmurram mesas. Na arternativa corrente bipolar morrem travestidos. Enquanto isso, na fantástica fábrica da burguesia costura-se litígios em paletós engomados, decotes pré-moldados e controversos vestidos. Do lado de cá das vitrines, a caravana se reflete zonza. Emerge e prossegue em ridículos ritos. Iludidos e ligeiramente normais.

Sem voz, a menina sorumbática carrega sua cruz. De mãos atadas, nem de longe percebe q sua máxima virtude é expor o pus. Opus day latus apocalípse fast food. Éter fluente na mente maldita diluída em sonrisal. Sua sina foi escrita na gênese. Por isso nada mais a surpreende. Nem  palavras cuspidas. Nem salivas ardidas q respingam em seu disfarce. Na realidade o seu verso versa sobre o reverso, mazelas de uma raiz exposta e apodrecida. Latus day rent a car dent adas na saída.

A fêmea cristã tem sua função de “crista” para todas as ondas. Expiação sem razão de explicação. Solitária e orfã em busca de sua próxima opção de salvação. Seu motivo é nobre e encobre o q não se apresenta de um modo explícito. Ela sabe q assim a tribo inteira pode encher a cara, lavar a égua e alma. Enquanto ela assiste calada seus pés cimentados servirem de alicerces para culpas sem desculpas. Desse modo todos podem expor sem pudor seus discursos inconclusos de maneira sossegada.

Na rota retrô e predestinada do metrô, quem se atreve a dizer onde será a próxima parada? A mata atlântica sucumbe desesperada. A relva costura a rima rio acima, até o dia em q deságua sobre a marciana cigana e acuada. Durante a cena ela ainda acena confusa. Ninguém se iluda ou chore prantos de molhar a blusa, se o teatro amanhecer de portas fechadas. Resta à família, como rege os bons costumes, acompanhar o féretro e agradecer os cumprimentos, enlutada.

No fim do primeiro ato, cortinas e olhos se fecham ofuscadas pela luz de seus arreios adornados de prata.


Alô! Alô! Marciana! Aqui quem fala é da selva! Nada demais se a ayurvédica Lee irrita a fonte young. Por essas horas vc deve estar longe, mto longe, encolhida no seu canto. A paz foi reestabelecida no front. A nave mãe segue desgovernada, consoante sua batida launge. Condom game art lurve like a good bug and rubros rolling Stones. Pipocam rolhas e tralhas da champagne sem data e tosca. Mais uma folha revirada. Depois do comunismo resta o hinduismo. As pedras de Berlin são vendidas como souvenir de um leste enigmático. De resto, nosso destino continua a ser traçado na penumbra dos porões de coberturas atapetadas. E q não se discuta se a dita é cuja. O grão mestre maribondo continua a exibir sua dialética fleumática. O tapete vermelho continua estendido nesta terra de Cabral. É lindo ver um presidente preocupado com a vida de uma iraniana, enquanto no seu quintal dezenas de mulheres morrem diariamente assassinadas e milhares violentadas.

Mas, isto não há de ser nada. A vitória final é certa. Nunca dantes este país esteve em tão perfeito ordem. É Lula apoiando Collor. É Collor apoiando Dilma. É Dilma apoiando Collor. Deixa q com o povo elles se entendem! De multa em multa, de luta em luta, eles se dizem, desdizem e tbm se degustam.

Viva-se eternamente Daspu! A vida continua augusta, bela e amparada pela maioria cega, surda e socialmente democrática. Pelo menos, até a proxima rodada... On the rock, please! Ou seria recomendável mais uma dose dessa cachaça?