terça-feira, 3 de agosto de 2010

Salivas verdes... Relvas olivas...



Com um intrigante gosto de azeitonas na boca, eles se encontravam mergulhados na realidade de suas possíveis verdades. Cada um trazia consigo uma criança, com a qual mantinham-se acesos nos tons lúdicos de suas brincadeiras.

Tu inspiras...
Qdo te respiro minh'alma pira...
Fervilho descarrilada dentro de mim... 
Gosto qdo me xingas além cortinas e saias...
Esperneio no varar assanhado das asas
Soltas borboletas pelas veias...

Verdes sabores. Olivas maduras em corpos inquietos. Deleites de estrelas ardentes.

Gozo qdo danças agitada e me levas pela pista, a sumir de vista... 
Gosto do cheiro de teus exageros...

Grávidos na escuridão rastejavam pelo chão. Sem medo do q pudesse acontecer, se perdiam no infinito de suas amplidões.

Na escuridão ouço a respiração de teu tesão...
Sou teu galope safado...
Abro valas em tuas asas de rapina...
Esperneio. Lambo teu chão! Mordo o colchão!
Gozas garça... Gritas lavas... Ave marias de minha desgraça!
Sou escrava respingando desejos nas carnes, com a alma aquecida no calor da tua mão...

Descobriam o imperfeito na harmonia em q se sentiam perto da perfeição. Assim faziam. Assim sorriam. Assim mergulhavam em suas lágrimas.

Cada dado rola cadinhos nimim...
Sândalos sandices tudim pudim...
Fatias de melancias na grama do jardim... 
Colos enfeitiçados florins... Auroras enfim...

Assim se deram a tantos, aos trancos, pelos barrancos e cachoeiras. Subiam em árvores e comiam suas cascas. Nas coxas abertas em fatias o frescor de um palpável e palatável amor.