terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Conclusões sórdidas... Pensamento mudo...



Tdo o q penso saber não me garante o saber até onde me leva e nem o tanto q cabe em mim. Penso q quase sempre fico propenso a achar q o pensamento atravessa o delicado espectro do absurdo, o q leva ao enxergar conclusões naquilo q ainda nem vivi. Ao acrescentar meus “eus” reconhecidos, por princípio, sinto q esculhambo tdo.

Facilmente o pensamento se perde nos campos minados do relativismo. No entanto me prende confuso, qdo me embriaga e depara com abusos q consagram o poderoso verbo do absolutismo.

"Se a interpretação nunca completa é porque simplesmente não há nada a interpretar. No fundo, tudo já é interpretação". Foucault

Sendo assim, ao viver em um mundo ilusionista, a verdadeira intensidade de minha identidade está na ciência do q desconheço e ainda não pari. Se por acaso irei chorar ou sorrir pouco importa. Minha existência ousa a liberdade dos conceitos solemente estendidos nos parapeitos de antigas construções.

Talvez seja ingenuidade insistir. Talvez nunca consiga habitar os pólos utópicos dos meus trópicos. Esta é apenas uma das verdades objetivas não palpáveis de minha intimidade ainda não embevecida de lugar-comum.

Quem sabe ainda consiga me adentrar sem a pretensão do descobrir-me inteiro. Não à-toa as canetas tinteiros são recarregadas todos os dias, de janeiro a janeiro.

“O mundo tornou-se infinito, no sentido de que não podemos negar a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações". Nietzshe, em “A gaia ciência”

No final de tdo, se um dia conseguir ultrapassar a linha de chegada q demarca o meu fim, provavelmente nunca saberei se, afinal, terei sido minha realidade ou ilusão. Enquanto isso, no arcabouço do verbo ainda não dito, o pensamento assiste a tdo impassível. Inquieto, é bem verdade, mas ainda mudo...





Trecho indigesto de “Tdo o q penso não sei”. Uma estória q ainda não contei...