domingo, 30 de outubro de 2011

Mato João Donato...



Não sei se dono ou, no mato,
Nada do bicho domador donato
Nem se, de fato, o desejo efêmero
É uma forma enviesada de aceitar
Que o tdo q se diz pleno de certeza
É certo ser fruto de sabor abstrato

Não respondo pelos enganos
Nem os danos, seu melhor retrato
Alguns, salvo engano, amarrotados
O tempo sem pudor os grudou
Nas rugas entalhos da sola dos pés
Como se fossem travas de sapato

Mormente se sente o qto é quente
Pisar o sol a pino no meio do asfalto
Não sei se arisco ou pelo risco
Arrisco pelo prazer ao desacato
No peito aberto revelo o desejo
Sujeito ao incerto na paz de Donato





É aconselhável ouvir “a paz”, de Gilberto Gil e João Donato




João Donato em foto de Maurício Santana