Juro q até cheguei a pensar em apelar para a Interpol ou Scotland Yard. Por pura sorte a encontrei coçando as costas da Escócia. Então a chamei pelo nome sem asas de sonhador.
Ainda assim falei de amor e rosas em vagarosas prosas.
Pela primeira vez me vi vagar o lume do outro lado do mundo. E quem diria: não senti nada q soasse a fantasia ou embalada em capas disfarçadas de magia.
A realidade escorria pela noite em chamas.
Sem dar trela para o monge a alertar q o Tibet ainda estava longe, abri minhas asas e voei de olhos abertos pelos encantos da prenda. Atravessando o planeta pude descobrir aonde a lua adormecia abraçada ao sol.
No meio da fábula a fada me tocou com sua varinha de condão. De repente me senti outra vez menino.
Em seus olhos a Escócia tinha a beleza e o brilho das surpresas. O mais estranho foi alguém me ver sorrindo, sem querer ser dona de meus olhos e da minha razão.
Até hoje lembro com saudades da Escócia. Talvez ela nem saiba o tanto q me fez bem...