
A noite calava para olhar a lua cheia
Mto antes, à tardinha, qdo ainda linha
O horizonte desalinhava os olhos
Nos antepenúltimos raios do sol
E se deixava perder no tempo
Ouvindo o vento espalhar
Grãos de passarinhos murmurando
Frases soltas pra lá e pra cá
A colar o ar, lá e cá, com retalhos de ecos
Em sua volta, o ar respira a voz nua e rouca
Com sua suada boca no pescoço nu
E um mundo dando voltas sem parar