sexta-feira, 1 de julho de 2011

Caxangá... Cabriolet Sabá...



Vira e desvira. Revira na ponta cabeça a órbita do farol. Na senzala faraó adestra a escrava. Na ante-sala, com a pele riscada, a rainha arisca segue a risca e goza descarrilada no trem onde lava a alma e seu reino de Sabá.

Vira e revira a guisa do q virá. Trem azul virando latas, desembrulhando linhas, revelando o amor e a dor. Estrelas kiwis despertando o universo nas fendas da seda q se desmancham na vida q atiça a pele tatuada.

Vira e mexe desce aos céus a procura do inferno. Caxangá. Um modo estranho de saber q virá do modo q irá. Colorindo de um jeito q não se ousa dizer. Ainda assim dirá ao q virá e se fará no q melhor se servir. Penso ser por aí...

“Sempre no coração. Haja o que houver. A fome de morder a carne dessa mulher”



Montagem em fotograma do filme The Mystery of the Blue Train, romance de Agatha Christie. Ao final uma proposital interferência de Caxangá, música de Milton Nascimento e Fernando Brant