
Todas as noites as palavras se cruzavam no balcão pouco iluminado, repleto de copos vazios e vidas secas por beber a sede de seus tesões. Elas e Eles. Ele e ela, qdo podiam, tbém se encontravam lá.
Não queriam identidades. Só queriam ser guiados por uma verdade q latia dentro de cada um deles. Cada um a mastigar seus segredos. Cada um a se deixar embriagar por um desejo q os fazia experimentar de um prazer sem tamanho.
Ali não se sentiam estranhos. Ali não se cobravam e nem lamentavam a ausência de respostas. Esse era o acordo. Essa era a proposta. Eram por si só a resposta para o q queriam viver e sentir.
Todos os dias ela se curvava a espera do merecido castigo. Todos os dias ela lambia os frutos de um rito q a fazia feliz e rasteira no assoalho. Todos os dias ela sentia a mão bater pesada em seu rosto. Em silêncio saboreava o gosto de ser desejada. Todos os dias ela lambia os pés de quem a maltratava, mas protegia su’alma, como um agasalho, do frio e da indiferença em q consistia o seu viver.
Todos os dias eles se intrometiam e metiam com o q tinham. Nem sempre valiam um vintém, mas, todos os dias se amavam. Todos os dias se esganavam e se enganam com promessas de nunca mais se encontrar.
No dia seguinte esqueciam de tdo e, qdo anoitecia, recomeçavam outra vez.
Ele trapezista. Ela é dançarina. Já não se sentia uma menina, mas sabia q seu corpo se moldava de uma forma cega aos desejos e comando de quem retirava, uma a uma, suas vestes de atriz.
Em sonhos implorava por mais um dia e mais outros dias de consagradas ousadias. Fosse quem fosse se vestiria com os adornos apropriados e se cobriria com sua pele mais perfumada de cadela vadia. Serviria em tdo o q Ele quisesse. Seria o q Deus quiser.
Somente assim, qdo lá fora o dia amanhecia e todos corriam apressados atrás de suas rotinas, ela, enfim, conseguia dormir em paz.
Não queriam identidades. Só queriam ser guiados por uma verdade q latia dentro de cada um deles. Cada um a mastigar seus segredos. Cada um a se deixar embriagar por um desejo q os fazia experimentar de um prazer sem tamanho.
Ali não se sentiam estranhos. Ali não se cobravam e nem lamentavam a ausência de respostas. Esse era o acordo. Essa era a proposta. Eram por si só a resposta para o q queriam viver e sentir.
Todos os dias ela se curvava a espera do merecido castigo. Todos os dias ela lambia os frutos de um rito q a fazia feliz e rasteira no assoalho. Todos os dias ela sentia a mão bater pesada em seu rosto. Em silêncio saboreava o gosto de ser desejada. Todos os dias ela lambia os pés de quem a maltratava, mas protegia su’alma, como um agasalho, do frio e da indiferença em q consistia o seu viver.
Todos os dias eles se intrometiam e metiam com o q tinham. Nem sempre valiam um vintém, mas, todos os dias se amavam. Todos os dias se esganavam e se enganam com promessas de nunca mais se encontrar.
No dia seguinte esqueciam de tdo e, qdo anoitecia, recomeçavam outra vez.
Ele trapezista. Ela é dançarina. Já não se sentia uma menina, mas sabia q seu corpo se moldava de uma forma cega aos desejos e comando de quem retirava, uma a uma, suas vestes de atriz.
Em sonhos implorava por mais um dia e mais outros dias de consagradas ousadias. Fosse quem fosse se vestiria com os adornos apropriados e se cobriria com sua pele mais perfumada de cadela vadia. Serviria em tdo o q Ele quisesse. Seria o q Deus quiser.
Somente assim, qdo lá fora o dia amanhecia e todos corriam apressados atrás de suas rotinas, ela, enfim, conseguia dormir em paz.