domingo, 12 de setembro de 2010

Vôo cego... Espasmos violoncelos...




Com os olhos vendados
Ela percorreu um mundo
Desconhecido e encantado
Mergulhou em cachoeiras
Subiu e desceu ladeiras
Deu sobressaltos
Escalou montanhas tamanhas
Antes tristonhas, com sua aranha
Astuta lambeu bordas agudas
Gigantes botas agulhas

De olhos vendados
Ela se viu sem roupas
Saindo da crosta
Enxergou o q não atrevia
Atreveu-se até no q não sabia
Sorriu ao sentir seu corpo riscado
Deu pinotes como se dançasse xaxado
Amou... Devassou delírios aos gritos
Com as carnes em brasa abriu as asas
Num vôo lírico, em bicos colibris


Justiça seja feita. Qdo amanheceu ela não tirou a venda
Sentia-se bela e refeita...