sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Óbvios nódulos... Operandi modus...


Por acaso o mundo seria mais lúdico sem as famigeradas meias palavras? Para q serve palavras q não falam?

Palavras entrecortadas a gaguejar em bocas q se fingem santas. Afogadas nas espumas sem ter o q dizer. Sílabas perdidas em meias palavras. Fingidas. Surradas. Sussurradas de maneira devassa.

No jogo da velha o pulo é mais q sobressalto. Ela sabe q no lodo não se finge de morto, nem se cobre o cu do mundo.

Como seria se, num passe de mágica, a humanidade liberasse suas máscaras?

Doravante o instante existiria no estopim do rompante. Virtudes aos balaios. Sentimentos sem ensaios. Tudo tão exato q afugentaria os males. Os puristas e suas meias verdades, na penumbra da intimidade, se assustariam com a disciplina de suas maldades.

Se porventura as meias palavras acabassem, quem sabe o mundo explodiria no apocalipse dos ciúmes e das crendices. Traições e vigarices. Não existiria nem o certo nem o errado. Existiria o fato. Fosse ele definitivo ou abstrato.

Ninguém se arvoraria detentor da verdade. A mentira, por falta de uso, daria lugar à beleza da cumplicidade.

É certo q nem todos sobreviveriam. Alguns desistiriam. Os loucos se atreveriam no existir na claridade dos contrapontos, na possibilidade de encontros e da felicidade.

Mtos, enfim, entenderiam q luz não se define nem se comprime em meias palavras. Na escuridão não se revela a intensidade de sua monstruosidade...