sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Bê a bah pê aga dê... Lata foligata...


O q é claro reluz. O q é natural induz. Os ritos não precisam de mitos. Assim como a verve escorre sem se alimentar de gritos, os agitos são brilhos q pipocam e dão sabor a pele. Depois da inteligência artificial nada mais deveria surpreender. Até o q se articula sem falas, mas q a mente sorridente exala ainda q tente esconder. Por mais q se interprete verbetes e codinomes codificados, tdo permanece gravado na calada da noite em q a musa nada muda se rebela na passarela.

Mesmo q as lentes pesadas da desilusão insistam em decifrar a confusa equação, nem tdo é tão fácil de resolver. Nem sei se tem pq. Por quem os cílios dobram é outra história q eu ainda penso em descrever. No planeta terra tdo invariavelmente deságua nas águas do q haveria de ser. No meio do quarto a menina continua dançando com seu invisível bambolê e Salomé nem desconfia, mas do lado de lá é grande a fila de cabeça querendo se perder.

Quem me salvou morreu de overdose tocando guitarra. Jimmy geme na cachopa sem roupa. Graças a ele meu coração continuou ateu. Se bem q ele gostaria de estar mto bem atracado ao teu. Tem dias q acordo caçador. Em outros amanheço deitado num andor sem pensar em vestir minhas calças.

Viver definitivamente é uma cachaça. O q complica é navegar neste oceano empestado de fariseus. Toca o sino e chama o síndico, Zeus e belzebu. Eu não passo de um brucutu a girar pelos polos exóticos q compõem os trópicos deste continente in blues.

Nunca gostei de usar carteira. Meu RG sempre está em algum lugar q eu nunca sei onde fica. Meu título de eleitor, q horror, se perdeu numa revista no aeroporto de Cumbica. Minha identidade é uma verdade q não necessita de assinatura ou certidão. Tenho tdo na palma da mão.

Nem sempre pareço ser o q sou qdo abro minhas asas de sonhador. Nessas horas me encho de graça. Minh’alma não ilude e nem disfarça q assume os vícios q embriagam. Por vezes me valho de adereços, mas não preciso de pretextos para dançar na folia dos textos pê aga dês da foligata. Em cada linha um trem desalinha no afiado olhar de sua faca. Com precisão cirúrgica constata o q há tempos Fernanda nada young com seu swing cantava: a verdade, meu bem, sempre acontece na lata.

Que danada arretada!