segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Como cometas da anunciação...




Se o cometa riscasse o céu da boca, zigzagueando a calda incendiária e louca.

Se o corpo arranhado assanhasse levado pela correnteza, seguiria os rastros enfeitiçados de tua pele suada e acesa.

Lamberia o fogo q minha carne incendeia, beberia o sangue q o coração bombeia. Expeliria brasas. Respingaria teus átimos pelo chão.

Cravaria as mãos no teu rabo sem pensar nos estragos. Penetraria teu dorso curvado feito furacão.

Devassaria sarjetas iluminado por tuas labaredas. Esmiuçaria cada pedaço q minha fome devorasse, abrindo as portas de um universo em desconstrução...