sábado, 19 de novembro de 2011

Para Milton Nascimento...



Nascer pareceu ser invisível. Somente o atiçar dos sentidos, desde o primeiro momento se mostrou em mil tons. Nenhum dos dois soube até agora dizer o q veio a ser. Sem enxergar o ar q respiravam, eles se amaram passageiros de uma paixão inteira e sem razão. Contrariando todas as lógicas descobriram o qto a ilusão era palpável, q suas formas tinham um delicioso sabor matinal.

A emoção cega carregava suas almas, q se entregavam pelos vãos dos corpos, escancarando portas e janelas aos ventos igualmente cegos e devastadores.

Alimentados por lampejos desenharam seus corpos de desejos, com todas suas formas abstratas e inexatas. Vestidos de fantasias se despiram e atravessaram noites e dias, sonhando com o dia em q, de corpo e alma, fizessem de seus corpos a definitiva morada.

Enquanto isso, de mãos dadas percorreram o lixo ocidental com seus olhos voltados para o oriente. Sem a necessidade de heróis. Sem medo ou timidez seguiram o mundo além de seus quintais. Não pq se sentissem moços, mas pq todo dia era o dia de viver...








Caso seja do interesse, prossiga a leitura ouvindo "Clube da Esquina nº 2", de Milton, Lô Borges e Márcio Borges