segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Lunik óbvio...


Poetas apaixonados, seresteiros tropeiros, romeiros endiabrados percorrei, com o q lhes resta de altivez, a dignidade dos abraços de suas deliciosas putas. Apagaram a luz no fim do túnel. Eis q é chegada a hora de sonhar e viver as derradeiras noites sem luar.

A bandidagem encurralada atira. A classe média carrega a bandeja e fura a fila. A autoridade cheia de pompa e oca de honra corrompe a lista. A juventude inutilmente tribalizada canta e dança sem entender a melodia.

Seguir rastros para não fomentar idéias e nem estragar os sapatos. Lustramos a bunda das estátuas, sem a mínima noção da dimensão dessa orgia.

A ciência não explica as baratas, nem a proliferação da idiotice. Mas aceita e transcreve a receita do q torna banal a atual vigarice. Bactérias ambulantes irrompem aos montes. A consciência coletiva não tem nome próprio. A falta de identidade é capital nas teorias de libertação.

Sei não, pela quantidade e a qualidade de certos indivíduos q alardeiam um lugar garantido no céu, desconfio q é melhor deixar q o diabo carregue. Por não ser um destino tão cobiçado, é bem provável q no inferno seja mais tranqüilo...





Clara referência e incidência proposital de Lunik 9, de Gilberto Gil