terça-feira, 16 de agosto de 2011

La clave del reflejo...




Cuiabá. Corumbá. Curumim navega a canoa pela terra de areia. Xangri-lá. Sarará. Campo grande das terras ardidas e florestas de asas partidas. Com a alma exposta, de costa para a costa do mar, o olhar vai além entranhas, beirando montanhas ainda estranhas para mim. Parati toca o clarim. A noite inteira índias incas percorrem minas ribeiras queimadas no sol.

Meu olhar se volta. Vai e vem. Ouço barulho do trem, q parte sem revolta, pelo o caminho estreito retinto do mais puro instinto. Um íntimo latindo latino nossa identidade natural. Saudades maldades repiques. Piniques e outros diques. Arrebentação.

Na terra fértil o índio colhe a flor q aflora ao sul de sua América e come a raiz na boca da gentil meretriz hispânica. Caro Francisco, eu lamento, mas Atenas já não serve como exemplo. Por mais q se refaçam os ornamentos nos templos, a chave q abre nossas fronteiras segue a estrada rasteira. Semente cheia de poeira na trilha q transporta e nos coloca na maloca q abriga o mistério das cordilheiras.

Lá, onde sereno é só, descortino a retina na beleza de nossa diversidade andina. Abençoada América latina. Bate tambor. Bat macumba. Bate maracatu zabumba meu boi a bumbar o ganzá.

O Brasil não precisa mais mostrar a sua cara. Não quero essa fala. Não quero nada q o valha. Não quero a navalha escondida nas vestes dos vestais.

No congresso nada muda. A justiça é cega e não nega. As instituições giram amordaçadas. Burocráticas mentes surdas sem saber onde colocaram a escuta. É um deus nos acuda para pagar tantas promessas de salvação.

"Em volta dessa mesa tantas verdades sonhando seus metais."

Ai mi sori, mister soros, pero sólo en los brazos de mi puta es posible entender el hechizo de volar en las alas de Panair…






*Saudades dos aviões da Panair / Milton Nascimento e Fernando Brant