segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Fantasias de classe...




Sob o palanque misturou com elegância as carnes na fantasia das classes.

Sob a égide igualitária grudou a pele, cara a cara. Na aclamação perdeu a classe. A ausência dos burocráticos entraves estimulou a claque a glorificar com vigor e verve sedosa.

No mesmo instante, sobre o palanque, papagaios agitavam enfurecidas bandeiras sem perceber olheiras nas pupilas do digníssimo senhor reitor.

Passado o prazo regimental, no apagar da derradeira luz, cada um retornou ao convívio de seu oposto.

Por fim, sem mto esforço, beijou a aliança. Antes de deitar deixou engomada a camisa social e, de mto bom grado, lustrou sapatos marrons ao ronco do bem amado.

Deitou relaxada sem se preocupar se seria audaciosa. No gongar da madrugada gozava nas lembranças da noite passada misturada às massas.

Como era doce o vigor ao sabor da vingança...