quarta-feira, 18 de junho de 2014

O cesto de vime...



Olho o mapa. Primeiro vejo o espelho preso ao tronco do coqueiro. Depois estradas desenhadas na imensidão do nada, a vida desgarrada dos galhos saltar de galho em galho, aprisionada ao coração forasteiro.

Despisto espantalhos entoando milongas...

Descubro-me entre tantras, em alegrias, sabe-se lá em quantas. Na flor da pele morena encontro oferendas e antigas rendas. Cantigas de assanhar histórias, até então desconhecidas do meu cancioneiro.

Tento ser ligeiro. Passo a mão e sinto o orvalho.
Caralho! Tem forma romã...

Tem o corpo ímã. Sonhos guardados em um cesto de vime. Sublimes e despudorados. Pólen debulhado do botão ainda semente.

Olho outra vez no espelho...

Amantes irreverentes celebram na irmandade dos passos o encaixe de seus quebra-cabeças.

A sorte estava laçada...