domingo, 16 de fevereiro de 2014

Palavras em família...



Cunhada em jade ostenta irrequieta toda malícia do verbo essencial. Verso aparentemente disperso, q a poucos é dado decifrar.

Nos corredores da assembleia encobre os cabelos medeias. Fecha a porta surge libélula, convincente, com todos os atributos reais. Nas gerais veste os domingos, nem sempre explícitos, nem sempre restritos a quem lhe possui. 

Na carne a palavra cunhada de modo surpreendente. Derradeiro suspiro. Irreverente delito. Amor mais próximo do eterno. Das tantas palavras cunhadas, cada uma em seu devido tempo, uma sobrevive fluente, presa as correntes sanguinas.

O instinto visceral maior q emocional. O rabo solto nas coxas, rasteja, suporta, se faz proferida em rimas eloquentes. Máxima expressão cunhada no peito sujeito ao chicote. Escrita entre colchetes, entregue a sorte.

Silente, não lamenta. Ciumenta, lambe pegadas deixadas do sul ao norte. No leste e no oeste de um faroeste viçoso. Amor curtido no couro. Nos contornos de ancas amadas, marcadas em noites cunhadas às escuras. 

No tesouro guardado sem segredo cheira indefesa o osso da espera. Sobretudo no q a faz cadela derramo o desejo de suas lágrimas iniciais. Razão pela qual se mantém bela, angélica evangélica de amor devoto.

Vontade cunhada na dura lei. Forjada na tábua, sem salvação...




Montagem sobre imagem de contracapa do disco Careless Love, de Madeleine Peyroux, cantora e compositora americana.