Entrego os pontos e me apronto. Prefiro o desequilíbrio dos riscos q sobreviver, florido e adubado, em colorido vaso n’algum canto de varanda. No eixo da gangorra onde balançam ganhos e enganos, traço meus planos de olho na capacidade de voo do meu cinquentenário aeroplano.
Abro a janela da cabine onde me comando e dou minha cara ao frio e a tapa. Se o tempo passa num voo impreciso, sinal q é preciso pisar no lado mais sólido de minhas nuvens.
Sigo a verdade giratória do farol q ilumina as terras onde habitam braços do meu mar. Prossigo e persigo a simplicidade de um verso singular sem idade e os sentidos do meu corpo, por inteiro, enterrados em canteiros, onde, enfim, respiro o possível brotar do meu cheiro.
Nada se mostra tão infinito, q comporte a inexplicável grandeza da vida no fundo de um poço. Nem é suficientemente forte, q suporte o insustentável peso da leveza de um ser feliz.
Akira, meu sonho não acabou...
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