quarta-feira, 8 de junho de 2011

Hello Dolly... Over e coli...



Qdo ouvi Ozzy cantar Litle dolls pela primeira vez senti os alfinetes e as agulhas perfurarem a pele. Sem dizer nada a pele despertava nas gotas do próprio sangue.

Escrever ou gritar não fazia a dor ir embora. Bem ou mal vista a realidade continua explícita. Não dá para abraçar o mundo sem sentir o cheiro indigesto do imundo.

Na ânsia da vontade anciã levamos para cama até o q não faz sentido. Tentamos acompanhar a velocidade dos bytes, sem saber digerir o q temos nas mãos. Vivemos a expectativa do q ainda nem existe, sem enxergarmos direito o espaço a nossa volta e nem decifrar a virtual e comunitária compreensão.

Na invisível sombra do genoma cultuamos um deus pai mergulhado na própria indefinição. A célula mãe solta salta em sua veste sacra com performance leviana de uma rã.

Tivéssemos a visão cega dos q enxergam o escuro, por certo vislumbraríamos a maneira como ela derrama, em sua variante mais agressiva, seu perfume embriagador no colo da dama. Só cego não sente q o cheiro contém segredos e o qto ela desponta, qdo apronta nas pontas dos dedos. Na ponta da língua a cabrita saltita virtuose nos pastos e devasta o q deseja, queira e possa.

Enquanto o velho mundo se digladia, a Dolly reencarna e coli.

Do outro lado da terra, o Japão repensa sua energia ao contabilizar seus mortos. Embriagados em berços esplêndidos ostentamos uma soberba q mascara o real. Questionamos nossos faz-de-conta, mas não damos conta q o princípio existe antes do verbo e nem tdo é motivo para orgulho nacional. É tanta divisão. Sabe-se lá onde tdo vai parar.

Continuamos na lógica q nos mantém prósperos e de olhos fechados para o q é próximo, sem noção do qto isso pode ser letal.