
Sem pressa desfolhei fragrâncias em cada uma de tuas pétalas. E assim caminhei pelo poema em q descrevia as montanhas, vales e rios de tuas rimas. Nas veredas de visões agrestes senti teu cheiro de prata por toda a caatinga. Teus montes me enchiam os olhos solitários. Então me fiz operário e, banhando teu corpo na chuva, senti o meu sexo se vestir com a tua vulva, como se fosse uma luva.
Com a pele acesa despertamos o calor de um sol. Envoltos em braços q se faziam anzóis de abraços enlacei teu corpo e lhe trouxe, por inteira, grudada em mim.
Enfim, sentindo-nos serenos, frutos fincados em nossas próprias raízes, dançamos valsas em segredos no céu de nossas bocas. Era tanto brilho, q de nossos olhos palpitavam estrelas, enquanto o firmamento refletia a leveza de uma poesia q nos conduzia pelos caminhos cobertos com nossos carinhos.
Sem q déssemos conta a noite abriu um sorriso e a lua banhou de prata a felicidade q se fez em nossa volta.