domingo, 17 de outubro de 2010

Joana dark...





Dona de si a dona de casa caminhava pela rua
Solta e sem nada por debaixo de sua saia.
Ao chegar em casa, toda molhada,
No apagar das luzes da sala, pela primeira vez,
cometia a ousadia de iluminar a propria senzala.
Como uma janela aberta num quarto de lua
Fez-se crescente e experimentou a emoção
de, pela segunda vez na vida, se sentir inteira.
Segura de seus desejos agarrou seu pelourinho,
fazendo carinhos em si mesma com exímio fascínio.
Ao reconhecer cada parte de su'alma q ardia
Amanheceu o dia com seu corpo desfalecido,
Como em tempos idos, queimado pela paixão.