domingo, 18 de novembro de 2012

Beco Buñuel... Bedel Babilônia...



A noite vigiava seus passos. Durante o dia dormia em sonhos assanhados. Seu deus era fêmea e a mãe natureza androide. Por osmose o asteroide sacodia a tribo, deixando aflitos os periquitos e de molho os bigodes. Quem não os tinha se vestia de grife e sacudia do jeito q podia no passo da república.

No soneto da madrugada a menina nada pudica destilava o veneno nas bandeiras desfraldadas. 

Com a alma endurecida na pedra e a boca anestesiada o marginal contorna o recheio das calças e encosta o berro no ouvido.

A idade medra no deslizamento de terra na região serrana. O ministro quebra o protocolo e reclama, mas não abre os próprios olhos. Tdo continua soterrado como ‘dante’. Assim como o 'brazil', o 'rio de janeiro' continua lindo. É só não deixar o rabo preso na inauguração.

Não é de estranhar ligar a TV e ver maluf sorrindo. Tantos outros, vermelhos de vergonha, continuam mentindo. Colo de cargo e o apoio de abraços são afrodisíacos. Petraeus q o diga...

As paredes dos presídios apertam tanto q desabam na população de teto baixo. Na agonia a demagogia soa como impropério. Na dúvida o passageiro salta do ônibus antes do ponto final. Não faz mal. Na próxima eleição começa tdo outra vez. Culpa de vocês.

Milton pergunta a Chico pq a enceradeira não sai do lugar? O q será q será, q dá qdo não deveria...

Depois de uns dias de chuva abro a janela do quarto de hotel para ver Quintana passar. Mas o q ouço é João, o Gilberto, cantar quão triste é viver na solidão de nossos ideais.






Luis Buñuel (1900 - 1983) foi um cineasta espanhol, nacionalizado mexicano. Trabalhou com Salvador Dalí, de quem sofreu forte influência. A obra cinematográfica de Buñuel, aclamada pela crítica, sempre foi controversa e esteve cercada por uma aura de escândalo.