sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Dama sem equação...



Embarco na escrita seguro à raiz do carvalho. Ao passo em q me arrisco no carrossel do tempo o vento acende chamas. Olho o céu. A rama menina em brasas espalha-se abraçada às lembranças.

Sem medo arremesso os pés pelas mãos. No q divago embarco embalado pelo perfume deixado pelo corredor. A catraca gira. O mundo dá cambalhotas às voltas com seu rabo de cavala.

Braços destemidos ao alto. Mãos seguras à alça. Corpo solto presa fácil dos julgares; olhares luares vindos de todos os lugares em sua direção. Vários, vagos, vulgares, reféns da própria inquietação. Alguns desconjurados mal compartilhados logo sacodem em freios de arrumação.

Sem seu opor me ponho no posto. Dito exposto folheio em seu corpo algumas páginas em branco. Ali, insatisfeita, deliciosamente imperfeita, era ela flor de rama, dona de meu furor, dama profícua digna de toda louvação.

O entardecer assistia a tudo emudecido emoldurado nas janelas.

Em uma delas reflexos e vestígios, cada vez mais explícitos, de nossas mútuas intenções...