quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O sapoti da Apodi...



Houve tempo em q costumava comer sapoti na Apodi. Sentado ao pé de um pé de figo fazia figa às apimentadas 'lacerdinhas'. 

Gostava mesmo era de ver o arrastar de sombras no passeio da lua pelas calçadas, como tbém o vai-e-vem atravessado na rua.

Apreciava o desfilar desinibido das mariposas, o sobrevoar excitado de esposas à procura de luz, à espera de um trem movido à lenha q lhes colocasse vida adentro nos trilhos, até a alma sumir soltando fumaça no último vagão.

Sanfona, triângulo, zabumba.

Aqui e acolá um colar de mãos no derrière estufado na Lee. Ali, entregues ao balancê, coração na mão, emoções na boca da noite.

Na marcação pressão do bumbo cabeças eram erguidas despidas de culpas.

Na pulsação dos ais, para evitar registros do calombo do boi nos anais, a lua cega e surda acobertava entre nuvens amores zás-trás. 

Era gostoso demais...


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