terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ave suicida... Rebuliço de saia...



As mãos descascam a pele
No vão do rebuliço
o quadril roliço provoca
Enxurrada no vinco da calça.

Eleito o réu e o pleno
a mão suicida flutua obscena.
Por entre fendas
a cobra cria asas.

Depois de tanto fuçar
a dor corrompe o prazer.
O amor se declara
no cheiro de corpo suado.

Denunciados
Até a última instância
Voam belos, em paralelo,
sem bater asas...






Pinceladas sobre o quadro “Lovers in a red sky”, de Marc Chagall