terça-feira, 12 de novembro de 2013

Rainha no bolo... Cerejas do mar...




Entres cerejas sereias em mim. Serei meu princípio em teu fim?

Vermelhas meu olhar no desfrute do teu olhar fruto de pitombeira. Furtiva semeias teias nas veredas antropófagas destes mares tropicais.

Sem modos serpeias libertina no latejar das veias. Sapateias irrequieta ao som de satânicas trombetas. Nem percebes, mas falseias ao despir as meias.

No pomar de tantos sabores teu olor mistura-se às flores. Henriqueta assenhoras a noite vestida de lua cheia.

Primaveras meu quintal. Fagulhas a granel nos montes de tuas oliveiras. O olhar brilha. O corpo vibra. Brisas margaridas deitada no para-brisa. Com estranha generosidade expões tuas entranhas.

Assanhas entre colchetes. Vens à tona. Reinas no mar.

Sob o efeito de teu perfume respiro outros mundos. Pelas janelas transbordas caudalosa. Abro as asas. Meus demônios te agradam. Devoras-me o qto podes, senhora, fora de si.

Quando dou por mim te vejo sorrir, a despertar infâncias à sombra da aurora...







Henriqueta Maria de França foi uma rainha-consorte de Inglaterra, Escócia e Irlanda. Por ser católica era impopular na Inglaterra, o q impediu que fosse coroada. A execução do rei Carlos deixou-a na pobreza. Fugiu para Paris, regressando após a volta ao trono do seu filho mais velho. Tempos depois retornou a Paris, onde morreria.