
Sob cobertas dois corpos se confrontam. Declamam e se completam poesia em chamas. Profanam e proclamam descobertas, por vezes, cobertos de lama.
Amor de cama. Amor q ousa sobre cousas. Sobretudo sem dramas. Amor por amar. Ousar sem pensar. Amor q se espalha ao passo do desvencilhar das rendas. Amor q se desvenda, mtas vezes, em vendas de cetim.
Amor assim sem amuletos ou muletas. Amor sem medos ou enredos. Amor sem rastros, de segredos entrelaçados ao lastro da cama. Amor q balança. Jangada q avança sobre o quebra mar; e se lança nas ondas sem temer as profundezas do amar.
Amor q dispensa arrodeios. Amor de cheiros e de floreios.
Amor q se atreve nas palavras cruzadas no íntimo. Amor imerso no universo d’algum reino otomano ou persa. Amor q dispersa, desmonta e se remonta sem quebrar cabeças.
Amor sem ômega. Amor q berra. Que lambe o próprio leite na boca do delta. Amor q hiberna. Que deita e se deixa e se eleva sem consultar medidas.
Por ser essência, pulsa nas veias.
Por ser centelha, nunca será escrito nas estrelas.
Sua única certeza é ser leveza do ser incerto.
Amor de cama. Esperto amor sem credos...