quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Claustrofobia...




Na clausura da armadura o corpo reteso retinha sonhos de liberdade com o pensamento ateu.

Vontade incerta grudada ao peito. Desejo preso ao q nunca vinha.

Caberia ao ímpeto desmontar, ali, a engrenagem de fórum intimo com suaves deslizes sensíveis ao toque de suas mãos.

Na clausura inquieta da armadura haveria de enxergar sinais de liberdade nos pequenos movimentos. Na penumbra da armadura a realidade era refeita com  levíssima pressão. Com perfume vigoroso da percepção.

Daquela vez, pela primeira vez, não se puniu. Nem interferiu ao sentir o rastejar sutil da cobra sob seu impaciente véu. Desconfiada a mãe gentil se viu resoluta. No barro moldou a puta e se autopariu.

De qual natureza eram feitas suas carnes?

Pelas brechas da armadura buscou saciar a fome devastadora de seu deus com a sede de seus sonhos.

Por mais q tdo aquilo parecesse confuso sentia a vida. E q ela poderia ter todos os tamanhos, e, ainda assim caber em seus sonhos.

Até mesmo nos mais estranhos...



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