quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A cor do silêncio...


Baixo a cabeça em respeito ao silencio. Um raio de ilusão sobe sorridente a escada. Levanto a cabeça. Respiro e me atiro na direção do lago q borbulhas abaixo do teu baixo ventre.

Pétala mãe. Minha origem. Alço ao som da lira e meu corpo delira. Minha fértil vertigem. Onda circular onde me sustento e enlameado tento o alimento lúdico do amor ungüento.

Adentro a eclipse total levado pelo corriqueiro sabor do vento. Sem recato sigo vestígios de afagos e vou rolando a cabeça em dados, até então, desalmados.

Displicentemente me ponho a sonhar loucuras em teu colo. Na conjunção dos pólos entrego minh’alma de corpo inteiro em uma bandeja cor de prata.




Após ou durante a leitura, é recomendável ouvir a música “Silence”, com Jan Garbarek, Egberto Gismonti e Charlie Haden