Entre profano e espontâneo o corpo curvado deixava o peito colado às coxas aninhadas em conchinhas.
O brilho da carne gozada iluminava o sorriso hortelã adormecido no rosto. O rubro do ruge e resquícios da noite passada retinha o frescor do sonho vivido nas maçãs.
Sob isto havia mais q isso. Havia um prazer submisso nos flancos deixado em aberto, à espera do tiro certeiro do amor franco e atirador.
Sonhou... Sonhou... Sonhou...
Sem saber o q fazer de tanto amor, sonâmbula desafiou as ordens acatadas aos pés do santo e protetor.
Sem delongas. Sem fazer burburinho fez um buraquinho na gaiola e voou.
Voou... Voou... Voou...
Riscou o ar com os bicos dos peitos eretos. Rastejou no espelho do mar inquieto com as incertezas de seu coração incompleto.
Arribaçã à procura da anunciação, a mercê da arrebentação...
Riscou o ar com os bicos dos peitos eretos. Rastejou no espelho do mar inquieto com as incertezas de seu coração incompleto.
Arribaçã à procura da anunciação, a mercê da arrebentação...
Costura fundamental na música “Sabiá lá na gaiola”, de Hervé Cordovil e Mário Vieira.
Arribaçã, de arribação, substantivo feminino avoante...