Certa vez atravessou a madrugada pintando as paredes da casa de amarelo.
Dizia querer morar no sol...
Bem antes de o sol despontar, iluminando a carranca amarrada à viga central, espalhou sementes de girassol em volta da cama. Depois pendurou pedacinhos de poemas no cortinado de organza.
Como acontecia nos dias de tesão cobriu a voz com luvas de seda. Postou-se de forma mansa, pontuando as palavras impostadas com justo interesse.
Aconteceu q amanheceu e o sol não veio...
Frustrada, deixou-se nublar como o tempo. Assim navegou à deriva até respirar outra vez o perfume de colônia.
Enfeitiçada enfeitou-se de dama...
O corpo exalava poemas qdo pisou nas sementes. Dançava qdo rasgou a organza.
Mesmo prevendo contratempos deu asas ao universo, como se cada verso fosse um tapete mágico. Reencontrou-se às margens do rio de La Plata, bem a tempo de abrir escalas, abraçada ao barqueiro q conhecera em noites passadas na milonga.
A cada orgasmo viu florescer girassóis...
Enfeitiçada enfeitou-se de dama...
O corpo exalava poemas qdo pisou nas sementes. Dançava qdo rasgou a organza.
Mesmo prevendo contratempos deu asas ao universo, como se cada verso fosse um tapete mágico. Reencontrou-se às margens do rio de La Plata, bem a tempo de abrir escalas, abraçada ao barqueiro q conhecera em noites passadas na milonga.
A cada orgasmo viu florescer girassóis...
Quando o sol lhe acordou no dia seguinte não pensou duas vezes. Antes q o galo cantasse espreguiçou o corpo remexido e fez um selfie com um sorriso amarelo. Agora à luz do sol.
Como prova de amor tentou oferecer uns versos. Ao olhar o estado do cortinado rezou para encontrar algum largado, ainda q amassado, debaixo da cama...
Colonia del Sacramento é uma cidade portuária localizada à esquerda do Rio de la Plata, sudoeste do Uruguai.