
Modelava vestidos no corpo como se trajasse leques floridos.
A rigor, leve como moleque, repetia gestos. Abanava sorrisos de leve com o leque. Ao torto e ao direito remexia o quadril como ecos de afirmação.
Pura afinação.
Pura afinação.
Quando o calor teimava em falar mais alto fazia um instante de silencio. No mesmo minuto esquecia o ranço no tranco e se atirava no pau do gato.
No remoer dos ventos perfumava-se de aromas multicolores. Com eles perfurava o amor até remover cata-ventos do bolo do casamento.
A cada um seu devido tempo. E intento.
A cada um seu devido tempo. E intento.
No movimento enlouquecido das maracas despia o pudor de seus contos de fada.
Querer... Queria. Só não sabia se deveria.
Atrevia. Só, não dizia nada...
Atrevia. Só, não dizia nada...
Na volta para casa nem sempre retocava a maquiagem. Mas repetia os afetos de sempre.
Algumas vezes adormecia com o leque entreaberto, sorriso aberto e boca fechada.
Era o amor falando mais alto...
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