terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mano a mano... Punta del pie...



Como pretexto o texto beijou a tarde por toda tarde. Na ponta dos pés roçou a alma desconfiada.

Na ponta dos pés sentiu o corpo dançar sobre cacos híbridos. Desenhou linhas afiadas nos saltos rígidos.

Na ponta dos pés sonhou com rumbas. De relance exibiu na bunda riscos e sorrisos de garganta profunda.

Na ponta dos pés sentiu-se leve, com o corpo em febre viu um mundo a seus pés. Só instinto sabia lhe fazer feliz...




Montagem sobre quadro “La Rumba”, 1937, óleo de Antonio Sánchez Araújo, pintor cubano.