Das viagens levava paisagens, um fígado partido e o coração repartido em retalhos de outrora. Uma vontade sem hora. Uma senhora de tantas vontades. Estilhaços de um amor cego e um ego sem esperanças de saborear o fruto colhido com as mãos.
A selva encoberta de pedras escondia o encanto do canto do passarinho preso no canto da gaiola. Ora bolas! Ninguém dava bola se o sabor da carambola era transgênico. Em um mundo recheado de gênios o bem estar não saia das salas de reunião trancadas por portas sem saídas.
Haja Frida para tantas Angela Merkel e Margaret Thatcher.
Conforme pôde podou as ervas daninhas ribeirinhas, para, na solidão da noite sozinha reconhecer q o medo era o trampolim do desejo e cada segredo, por mais escondido, era nascente dos aflitos olhos d’água. Sarajevo em nada lembrava Manágua.
Despida a cena anáguas obscenas cobririam a luz do abajur.
Como um enlouquecido cão de Cervantes percorreu o território livre dos rompantes e habitou o livre arbítrio dos romances. Em quartos de hora se sentia sozinho. Em outros quartos, ambíguos carinhos de alegres margaridas e exibidas madressilvas.
Do girassol fez anzol. Beijou a flor e o ventre de tarântulas assassinas.
O tempo passou sem mudar o destino do barco e o instinto de Baco. Nenhuma razão havia para alterar o roteiro escrito no pulsar das veias. Nem a mais forte ventania ousaria de varrer a poeira incrustada nas estrelas q trazia na algibeira. A ilusão da vida nos tons mais explícitos de uma poesia jamais descrita pelos seus lábios.
Olhando o rastro violeta descobriu q borboletas nunca paravam de voar. Adornou o rabo do cometa com fetiches, buscando raízes na luz da loucura. Não cortou o pulso por impulso, mas beirava os precipícios.
Algo q nunca soube explicar, mas seu coração sem juízo, sempre teimou em se lançar...
Montagem feita sobre fotografia de Leila Silveira