quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

La dulce Evita...




Evita teimava em ser só frida.

Não. Evita não conhecia limites. Nem desmerecia a existência de outros florais.

Ocorre q, em decorrência da educação recebida in vitro, Evita levava a vida evitando levitar.

Não q fosse acanhada, ou tivesse receio de bailar. O sapatinho de cristal é q pesava. Além do calo cultivado desde criança, sempre a lhe apertar o dolorido calcanhar. 

Sabe-se lá o q determina a dimensão e motivação exata do pedregulho ao provocar o regurgitar...

Evita parecia fadada a aceitar não haver saída, senão suportar o contrapeso da sede de vida. Até q um dia apareceu a margarida e lhe abriu os sentidos à falta de sentido em ser só frida.

Sem pesar os reflexos, sem pesar as razões da visão afeita ao complexo, Evita saiu mundo a fora, cantando auroras adormecidas. Indiferente ao fato de ser só frida redescobriu, à luz de loucas óticas, verdades floridas em outras tantas formas de vida.

Desde então Evita deixou de evitar a flora. Até sorriu qdo a petulante petúnia arrancou o brinco da princesa com ciúmes.

Evita reaprendeu a fluir. Evita só não perdeu a mania de mentir pra si mesma. Muito menos deixou de lado seu lado só frida. 

A boa nova é q Evita aprendeu a despetalar a noite qdo bem quer.

Até descobriu um jeito de se fazer mto bem, nos dias em q seu bem mal lhe quer...



.