Encostada na vulva a boca desconstrói razões pela raiz. A ponta no nariz inspira o movimento das pétalas. Em um andamento desconcertante, a língua marota brinca de bambolê.
No sopro sustenido larghíssimo palpita inquieta. A vida pulsa na vulva allegro moderata. Quando todos os sentidos criam asas, ela dilata molto vivace, em um coro uníssono expele cânticos sem nexo.
O olhar perplexo reflete em ecos os acordes do tesão.
Na melodia do realejo ela esfrega os lábios, sacudindo o corpo regado a mambos, vinhos tintos e tequila. Com o instinto libertando tangos, a alma explode e se dissolve lúdica e lírica.
O amor escorre líquido pela boca de seu tocador...