segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Camellia Sinensis...



Derramado sobre o ventre, sem nenhum atrito, deslizo a pele sobre a seda dos teu pelos macios. Em tudo tu me elevas e me leva, e me arrasta pela gravidade do redemoinho de teu umbigo. 

Como previsto, entorpecido, respiro o necessário e preciso. Tudo o mais é imprevisível aos sentidos. Teu corpo efêmero é complexo. Tu’alma fêmea um universo gestos dispersos.

Feliz de quem reconhece o ponto de teu tempo incerto.
Feliz de quem remexe e te esquece na batida certa.
Feliz de quem saboreou teus frutos, e soube usufruir os dois lados de tua colher de chá.

Quem soube, nem sempre entendeu a complexidade das reações equivalentes existentes entre o côncavo da cova rasa e o universo imerso no convexo da colher.