segunda-feira, 13 de novembro de 2017

iletrado...



Enquanto escreves dou voltas nas letras discretas com as quais delimitas a distância providencial da realidade à sua volta. Nada mais usual.

Dos prazeres inseridos nos capítulos, registro e bendigo, a força de teu vocabulário. Nada mais falo. Há firmeza na sutileza das palavras. Há calor na fria poesia descrita no mármore. Nada mais raro.

Enquanto escreves passeio pelo tremor implícito nos versos. Copulo a cada transição dos pontos em vírgulas. Com a mesma fluidez escorro pelo cio das meadas q irradias.

Sim. Tudo é relativo. Menos tua poesia. Ela é reativa à formatação q já não te comporta. Nem conforta.

Eu, leitor - nem grego, nem troiano - sou apenas um mortal impregnado pela leitura de tua poesia cuspida sobre a cultura erguida em carrara...