Quisera eu a lua fosse dourada. O sol uma bola maciça de intensas rajadas de prata.
Batida em madeira de lei envernizada tivesse delay e som de lata.
Quisera eu todo pensamento torto fosse oco, e fundo de poço não ecoasse o nada. Quisera a noite pudesse amanhecer com a sede de quem adormece se sentindo amada.
Quisera pudesse enxergar o furo do ponto futuro, e, no escuro, tdo ficasse mais claro. Quisera eu compreender a verdade por trás das verdades no microcosmo das vaidades.
Quisera eu, mas, na verdade não enxergo nada.
Nem enxergo o germe causador da ziguizira nos primorosos caprinos; nem o verme q descama a cauda do peixe traíra na zona meretrícia da cama.
Nem enxergo o germe causador da ziguizira nos primorosos caprinos; nem o verme q descama a cauda do peixe traíra na zona meretrícia da cama.
Enquanto isso, deitada confortavelmente na rede da chalana, Perla continua cantando índia...
Montagem sobre Iracema, tela do pintor luso-brasileiro José Maria de Medeiros
Perla é uma cantora paraguaia