Sentada à mesa do rei de ouro a dama de paus trinca os dentes e o olhar no valete de copas respeitosamente postado à sua frente.
Dada às regras e regalias sentia a vida vazia como há mto sentia. Uma fome sem nome e sem sossego a lhe abrir o apetite.
Como de costume catou pensamentos e sementes indecentes de seu jardim.
Não esperava buquês nem intenções em desvendar porquês. Apenas uma vontade de correr, até se perder, até ficar sem fôlego, solta no ar, completamente à mercê das idéias tortas, insistentemente rosas.
Tentou reagir. Chegou a pensar na sobremesa dada na bandeja.
Mas não resistiu.
Sucumbiu a tentação. Profanou o corpo e a alma com as próprias mãos. Na carne enlouquecida sob a mesa, os desejos da vaca e o cogumelo q nasce da própria bosta.
Naquela mesma noite, encerrada a leitura, foi até a varanda e vomitou restos de candura.
Ao ver a vaca pastando em seu jardim, não teve mais dúvida:
só Lou cura...
.
No final uma visão alucinante do livro "O cogumelo q nasce da bosta da vaca profana", da poeta mineira Lou Albergaria.
Naquela mesma noite, encerrada a leitura, foi até a varanda e vomitou restos de candura.
Ao ver a vaca pastando em seu jardim, não teve mais dúvida:
só Lou cura...
.
No final uma visão alucinante do livro "O cogumelo q nasce da bosta da vaca profana", da poeta mineira Lou Albergaria.