Apesar de viver ao sabor do açaí, do sapoti e do kiwi o manco desacatou o abacaxi ao confundir sári com sarongue.
Seguro do tranco e dos arroubos do grilo galante subiu no tamanco disposto a ouvir a estonteante gazela lavar roupa suja debruçada no tanque.
Nada de araque. Nada a ser retocado. Nenhum desagravo. Tudo aceito de bom grado.
Extasiado pela visão inebriante achou a vida desgraçadamente bela. Até sonhou inserido nela.
Pelo menos até ouvir uma voz oriunda da janela encoberta pela telha de amianto lhe sugerir: - vê se te manca, e se manda! Ou quer ouvir em qual tom a mula canta?
Então se fez silêncio e um rapidíssimo murmúrio de goto engolido a seco.
Na ausência do carango o manco pôs a mão na capanga e sumiu deste pequeno flash da história ciente de q vida bela só era de quem pudesse usufrui-la...
Assim q pôde respirou fundo e comprou um tubo de polvilho e meio quilo de sequilho no quiosque do mercado. O polvilho usou para massagear os pés. Metade do sequilho comeu. A outra metade guardou na lembrança da bela vida.